Ela foi até o parque, sentou-se na grama verde e olhou para o céu. Ela não acreditava que ele teve coragem de partir seu coração daquela forma, em mil pedacinhos.. Colocou seus fones, e deitou-se. Ao fechar os olhos, lembrou do quanto que eles eram felizes juntos.. Quando corriam no parque cedinho, quando tomavam sorvete juntos, era tudo perfeito. A música já não importava mais, ela já estava sensível demais. E foi inevitável segurar as lágrimas. Então ela percebeu que estava sozinha outra vez, não tinha para quem contar seus sentimentos e seus problemas. Ela só queria ser feliz, pelo menos um pouco... Mas não, tinha que acontecer algo para partir seu coração ingênuo. Ela sonhava com um final feliz, com um príncipe encantado. Tentava então, esquecer a tristeza. Mas tudo lembrava ele: os pássaros, a brisa leve, o vento frio.. Foi aí que uma enorme ferida começou a se abrir dentro dela. Doía, era horrível.. sangrava. Como controlar aquilo? Como curar aquela ferida que a consumia até então? Foi aí que ela percebeu que não adiantava mais, já havia passado. Pensou em si mesma e, determinada a esquecê-lo foi para casa. Mas não foi fácil assim, ela sofreu muito, chorou e a cada dia sentia que a ferida se abria mais e mais. E ela não desistiu, continuou tentando ser feliz, mesmo com aquela coisa a consumindo por inteiro. Aprendeu então, a viver com aquilo.. a lidar com a situação. "Nem sempre precisamos estar totalmente bem para sermos felizes."
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